Facebook - RSS Feed for Vítor Figueiredo

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Bill Bryson ataca de novo


O mais delicioso escritor de viagens da actualidade tem uma nova edição portuguesa: «Notas sobre um país grande». Trata-se de uma compilação de 78 crónicas que Bryson publicou semanalmente na revista inglesa «Mail on Sunday's Night & Day», entre 1996 e 1998. As crónicas debruçam-se sobre as particularidades dos Estados Unidos da América - seu país natal - e foram escritas na sua casa de Hanover, New Hampshire, USA, para onde Bryson se mudou depois de 20 anos a viver e a escrever, entre viagens, numa rústica aldeia britânica da Yorkshire profunda.

«...três coisas que uma pessoa ao longo da vida nunca consguirá fazer. Não podemos ganhar à companhia de telefones, não podemos fazer com que um empregado de mesa nos veja até que ele esteja preparado para nos ver e não podemos regressar à terra natal».

Para Bryson, os panfletos que a National Rifle Association coloca nas caixas do correio dos cidadãos americanos prefiguram o lema «Armar-Criancinhas-Que-Começam-A-Andar».

Uma regra da FAA obriga qualquer passageiro a mostrar um documento com fotografia antes de entrar num avião. A única fotografia de que Bryson dispunha, em certa viagem, era a publicada na contracapa de um livro seu. Resposta do agente de autoridade: «Isto não está na nossa lista de imagens cognitivas visualmente admissíveis». Resposta de Bryson: «Tenho a certeza que não, mas não deixo de ser eu. Não podia ser mais eu. Estará a sugerir que imprimi este livro de propósito para poder esgueirar-me num avião para Buffalo?».

«Quando chega aos 18 anos, o jovem americano médio já viu, de olhos arregalados, nada menos do que 350 ooo anúncios de televisão».

«Comprámos há pouco um ferro de engomar que, entre outras coisas nos adverte para não o usar com materiais explosivos. Ainda nesta linha de pensamento, li há umas semanas que há companhias de software que estão a considerar reescrever a instrução: "Carregue numa tecla qualquer para continuar" porque receberam muitas chamadas de pessoas que não conseguem encontrar a tecla "qualquer"».



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